segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Jânio Quadros

Governo de Jânio Quadros


Jânio da Silva Quadros sucedeu ao Presidente Juscelino Kubitschek. Foi eleito em outubro de 1960 com uma expressiva vitória. Mas seu governo durou poucos meses, provocando uma crise política, que culminaria mais tarde no Golpe Militar.

Nesta eleição, em 1960, os principais nomes para a disputa foram: Marechal Teixeira Lott pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), tendo como vice João Goulart; Ademar de Barros, político forte em São Paulo e um candidato populista inovador, Jânio Quadros.

Jânio obteve o apoio da UDN (União Democrática Nacional) e alcançou êxito com um discurso de moralização. Ao final do governo de JK, o país enfrentava sérios problemas advindos da chamada política desenvolvimentista. A inflação atingia 25% ao ano e a dívida externa era exorbitante.

Com o slogan “varre, varre, vassourinha, varre varre a bandalheira”, Jânio empolgou a população, prometendo acabar com a corrupção, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação. Para ganhar ainda mais simpatia dos eleitores, o candidato costumava andar com roupas amassadas e carregar sanduíche de mortadela nos bolsos.

Jânio Quadros venceu com mais de 6 milhões de votos. Entretanto, o vice-presidente eleito foi João Goulart. A Constituição de 1946 previa a votação para Presidente e vice, separadamente. Vale lembrar, que os dois candidatos representavam partidos e idéias diferentes.

Jânio foi o primeiro Presidente da República a tomar posse na nova capital do país, Brasília, e de lá governaria o país. Era a primeira vez, também, que um candidato apoiado pela UDN alcançava o cargo.

Seu governo foi muito contraditório. A começar pelos seus apoios políticos, que representavam a elite do país, ou seja, aquela classe social que sempre foi alvo das críticas de Jânio. Na política internacional, dizia combater o comunismo, mas chegou a condecorar um dos líderes da Revolução Socialista Cubana, Ernesto “Che” Guevara, com a Medalha Cruzeiro do Sul, em agosto de 1961.

Na área econômica, Jânio foi conservador, adotando à risca as medidas do FMI (Fundo Monetário Internacional). Congelou salários, restringiu créditos e desvalorizou a moeda nacional, o Cruzeiro, em 100%. Porém, nenhuma destas medidas foi suficiente para acabar com a inflação alta.

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Seu governo durou apenas 7 meses, provocando uma crise política, que posteriormente ocasionaria o Golpe Militar.

Jânio Quadros obteve o apoio da UDN durante a sua candidatura e venceu com grande número de votos contra seu adversário nas eleições presidenciais, o também candidato e ministro da Guerra, Henrique Lott. Utilizou um slogan durante a sua campanha, que empolgou a população: ”varre varre vassourinha,varre varre a bandalheira”, prometendo varrer a corrupção do país, equilibrar as finanças públicas e diminuir a inflação.

Seu governo foi muito contraditório. Teve como apoio político a elite do país, classe social ao qual Jânio Quadros tanto criticou. Na política internacional, dizia ser contra o comunismo, mas chegou a condecorar um dos líderes da Revolução Socialista Cubana, Ernesto “Che” Guevara, com a medalha Cruzeiro do Sul, em agosto de 1961.



Algumas frases antológicas foram atribuídas a ele. Como "Fi-lo porque qui-lo" e "Bebo porque é líquido, se fosse sólido, comê-lo-ia". Ele realmente disse estas frases? Poderia nos dizer mais algumas?
Nelson - Jânio Quadros jamais falou em " fi-lo porque qui-lo", mas "fi-lo porque quis". "Bebo porque é líquido, se fosse sólido comê-lo-ia", é verdadeira. "Falei em forças terríveis, porque ocultas não foram." Durante a campanha ao governo do Estado de São Paulo, Jânio vai para Ribeirão Preto para solidificar sua candidatura naquela região, considerada de vital importância. Ademar de Barros, também candidato, solicita a um repórter que vá lá com um único propósito: fazer uma só pergunta.
Jânio passeia pela cidade, discursa e atende aos populares. Depois é a vez da imprensa local. Atende-os em todas as perguntas. Em determinado momento, o repórter encomendado por Ademar parte para o ataque: "O senhor sabe que a família.

líder carismático das massas. Em menos de uma década, conseguiu eleger-se vereador, prefeito, governador e deputado federal pelo Estado de São Paulo. Em 1960, lançou sua candidatura à presidente prometendo superar as mazelas deixadas pelo governo JK.

Utilizando a vassoura como símbolo de sua campanha presidencial, insistia em moralizar o cenário político nacional e “varrer” a corrupção do país. Contando com essas premissas, Jânio conseguiu uma expressiva votação, indicando a consolidação do regime democrático no país. No entanto, as contradições e a falta de um claro posicionamento político fizeram com que o mandato de Jânio Quadros fosse tomado por situações nebulosas.

Para superar o problema da inflação e o visível déficit público, Jânio procurou reduzir a concessão de crédito e congelou o valor do salário mínimo. Além disso, aprovou uma reforma da política cambial que atendia as demandas dos credores internacionais. Tais medidas pareciam sinalizar um conservadorismo político que aproximou o governo de Jânio Quadros aos interesses do bloco capitalista. No entanto, sua política internacional provou o contrário.


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